Calvino, Armínio ou a Bíblia?
Perguntaram
a um pregador:
—
O irmão é calvinista ou arminianista?
—
Depende do público. — Respondeu. — Se os ouvintes forem teólogos, sou
calvinista. Se forem leigos, prefiro ser arminianista...
Calvino
acreditava na predestinação incondicional, teoria pela qual ele defendia cinco
pontos principáis:
Eleição incondicional. De acordo com Calvino, Deus teria escolhido certos
indivíduos para a salvação, antes da fundação do mundo. Tais eleitos, de modo
soberano, são conduzidos a uma aceitação voluntária a Cristo. Quanto aos
não-eleitos, já estariam condenados ao sofrimento eterno desde o útero!
Expiação
restrita. A obra expiatória de Cristo teria sido realizada apenas em prol de
alguns eleitos, e não por toda a humanidade.
Graça
irresistível. O calvinismo afirma que o Espírito Santo chama os eleitos
internamente, em seus corações, e os leva à salvação. Tal chamado não estaria
limitado ao livre-arbítrio; é o Espírito quem, pela graça, conduz o eleito a
crer e se arrepender.
Incapacidade
total. Em decorrência do pecado, o homem teria perdido a capacidade de crer no
evangelho. Ele possui a faculdade da volição, o livre-arbítrio, porém a sua
vontade não é livre, na prática, haja vista estar presa à sua natureza decaída.
Segurança
da salvação. Todos os escolhidos por Deus, pelos quais Jesus teria morrido,
estariam eternamente salvos, haja o que houver. Eles, por conseguinte,
perseverarão até o fim, não por sua própria vontade, mas por obra do Espírito
Santo em seus corações.
Já
Armínio afirmava que, apesar do pecado ter afetado seriamente a natureza
humana, o homem não foi deixado em um estado de total impotência espiritual.
Para ele, a eleição de certos indivíduos baseia-se na presciência de Deus,
conhecimento prévio de que os eleitos corresponderão ao seu chamado. Acreditava
que a obra de Cristo não assegurou efetivamente a salvação de ninguém.
E
claro que Calvino e Armínio tinham razão em alguns pontos que defendiam. Mas,
se você está se firmando na teologia desses homens falíveis, receio que esteja
em um terreno movediço. Se você tem travado longos debates para defender o
pensamento deles, esqueceu-se de que "... toda carne é como erva, e toda a
glória do homem, como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a
palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi
evangelizada" (1 Pe 1.24,25).
Texto extraido do livro Evangelhos que Paulo Jamais pregara - PAG: 102 e 103
Escrito pelo Pastor Ciro Sanches Zibordi, publicado pela editora CPAD.
Observação:
Eu compartilho do mesmo pensamento do pastor Ciro, acredito que a maioria dos Pentecostais clássicos também acreditam assim, estarei publicando mais algumas paginas do belo livro supracitado em complementação desta postagem.
Não quero levantar polêmicas, mas apenas expressar algo que seja compativel com o que acredito.
Jardel França
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